quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Pneumologistas do Rio Grande do Sul saem em defesa do paciente crônico

Na região sul do país, um dos grandes problemas enfrentados pelos pneumologistas é a falta de acesso aos medicamentos para tratamento de doença pulmonar crônica, especialmente asma e DPOC (Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica).  A Sociedade de Pneumologia e Tisiologia do Rio Grande do Sul, formada por profissionais altamente qualificados que integram os diferentes serviços de pneumologia do Estado, disponibilizou sua diretoria e associados ao Secretário da Saúde, dr. Osmar Terra, para a elaboração de protocolos de atendimento em doenças respiratórias. Estes protocolos objetivam racionalizar e viabilizar a distribuição destas medicações.

 

"Pretendemos elaborar um protocolo de atendimento para asma e DPOC, de modo que exista coerência e uma correta indicação dos medicamentos. Atualmente, para ter acesso às drogas pelo setor público, é preciso uma ação judicial que comprove a necessidade de seu uso. Por isso visamos a auxiliar esse processo caso haja interesse por parte do governo do Estado", comenta dr. Paulo José Zimermann Teixeira, presidente da SPTRS.

 

O pneumologista ainda destaca que o estado "carece de ações permanentes para divulgar e conscientizar a população do papel do pneumologista e a importância de conhecer mais sobre as doenças respiratórias e como evitar boa parte delas". Doenças como a tuberculose e as pneumonias, curáveis em sua grande maioria, continuam causando um grande número de mortes. Daí a necessidade de permanentes ações educativas.

 

"As doenças respiratórias crônicas pioram a qualidade de vida dos indivíduos ao determinarem grandes limitações para as atividades do dia-a-dia e cabe ao pneumologista apontar as opções de tratamento para reverter esta situação" ressalta também o especialista ao comentar os aspectos envolvidos no exercício profissional diário.

 

Iniciativas de sucesso

 

O Rio Grande do Sul tem alguns bons motivos para se orgulhar na área da pneumologia e cirurgia torácica. Com ampla tradição no ensino e na pesquisa destas áreas, há 20 anos, Porto Alegre foi palco de uma grande inovação na medicina: o primeiro transplante de pulmão da América Latina. O Programa de Transplantes da Santa Casa, inicialmente no Pavilhão Pereira Filho e, desde 2002, no Hospital Dom Vicente Scherer, já contabiliza 300 cirurgias deste tipo.

 

No último 9 de setembro, comemorou-se 10 anos do primeiro transplante com doadores vivos, na capital gaúcha, único local do país que realizada o procedimento ainda hoje, e consiste em retirar metade de um dos pulmões de cada doador, em geral do pai e da mãe. Nesta última década já foram realizados 25 transplantes do gênero.

 

"O pioneirismo em transplante de pulmões é um fator que contribui muito para a história da pneumologia e da cirurgia torácica de nosso estado. Além disso, o Rio Grande do Sul permanece como um importante pólo de investigação das doenças respiratórias, principalmente devido às condições climáticas da região, um facilitador para estudo dos males que o tempo frio propicia à saúde respiratória", finaliza dr. Paulo. 

 

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